Os desafios da pandemia para oferecer educação de qualidade

De acordo com um estudo divulgado pelo Banco Mundial, o fechamento das escolas devido a pandemia pode deixar sequelas grandes em relação à educação no país – 70% dos alunos de até 10 anos podem não conseguir compreender textos simples. Apesar do desafio atual ser o ensino online, o Centro de Educação João Paulo II (CEJPII) segue firme em entregar uma educação de qualidade para as crianças carentes que a ONG atende.

Com as aulas sendo feitas de maneira remota, o CEJPII se adaptou à realidade dos alunos da melhor maneira possível. Foram criados grupos de Whatsapp para cada turma, que vão da Educação Infantil nível 4 até o 5º ano do Ensino Fundamental. Os pais, que vão até o Centro todo mês para buscar as atividades (com toda a segurança possível), foram adicionados aos grupos e passam para os seus filhos as instruções dessas atividades que a escola envia. As crianças têm atividades todos os dias, incluindo Educação Física e Artes.
A professora do Ensino Infantil, Andressa Gralak, diz que as crianças e seus pais estão trabalhando no ritmo que podem, e que a maioria das famílias está sempre em dia com as tarefas. Andressa também fala da importância de continuar o ensino, mesmo de forma remota. “É muito importante estarmos em contato com as crianças e enviando as atividades, para que elas sejam estimuladas em casa. Por mais que elas tenham diversos brinquedos, os exercícios que a escola propõe são bem diferentes e propiciam o desenvolvimento de diversas habilidades que compõem seus campos de experiência.”

Segundo um estudo do Centro de Aprendizagem em Avaliação e Resultados para o Brasil e a África Lusófona (FGV EESP Clear), alunos do Ensino Fundamental podem ser os mais afetados pelo possível retrocesso na educação do Brasil. No CEJPII, os alunos do Ensino Fundamental têm, além das atividades de Educação Física e Artes, reforço de Língua Portuguesa e Matemática toda semana. “Estamos trabalhando bastante para que nossos alunos tenham um ensino completo, como se estivessem vindo para a escola.” diz Elizabeth Castor, diretora do CEJPII.