Quem não se lembra do antigo ábaco, instrumento de cálculo que era frequentemente utilizado em sala de aula e que fazia parte da lista de material escolar no início do ano letivo? Atualmente, são inúmeros os materiais que também servem de apoio pedagógico e auxiliam no aprendizado dos alunos. “A criança de hoje é muito mais ativa, por isso a rotina de ensino tem quem ser mais dinâmica e fazer de cada dia um novo instrumento de aprendizagem”, avalia Alexandra Lima, coordenadora pedagógica do Centro de Educação João Paulo II (CEJPII).
De acordo com a coordenadora, o uso de jogos, brincadeiras e objetos em sala de aula incentivam a criança a ter interesse por aquilo que está sendo ensinado. “Percebemos que, quando o aluno consegue vivenciar o que está aprendendo, seja conhecendo um objeto novo ou realizando um jogo, ele tem mais interesse pelo o que está sendo demonstrado. Aqui no Centro, por exemplo, a cada tema novo apresentado as crianças têm a oportunidade de tocar, ver ou imaginar, e isso enriquece a aprendizagem”, explica.
Em algumas situações, é possível levar os alunos para conhecer aquilo que está sendo repassado dentro da sala. “Por exemplo, quando abordamos a questão da preservação ambiental, os alunos foram levados para conhecer um bosque em que as plantas e os animais estavam sendo preservados, pois corriam risco de extinção. A partir disso, eles aprenderam a importância de conservar nosso ecossistema”, lembra Alexandra.
Para a coordenadora, é necessário criar um ambiente educacional em que as crianças tenham vontade de conhecer e continuar aprendendo. “Tentamos fazer de cada momento do estudante na escola um ensinamento novo. Isso pode acontecer em uma aula lúdica, com a aplicação de brincadeiras, ou em um projeto experimental, no qual o aluno vai atrás das respostas”, esclarece.
O Projeto
O Centro de Educação João Paulo II atende 260 alunos carentes de 3 a 13 anos, com ensino integral das 7h50 às 16h50 na educação infantil (3 a 6 anos) e programa de contraturno de 4 horas diárias para estudantes da rede pública. Os alunos têm uma jornada escolar diária de mais de oito horas, a mesma dos países desenvolvidos e duas vezes maior do que a jornada comum nas escolas brasileiras. Os estudantes são selecionados pelo critério da renda familiar, ou seja, quanto menor a renda, maior a prioridade para a matrícula.