Aulas de Libras contribuem para a inclusão escolar

O Centro de Educação João Paulo II (CEJPII) está incentivando o aprendizado em Libras para os alunos do 1.º ao 4.º anos. A ideia é que desde pequenas as crianças aprendam sobre a importância da inclusão social. Segundo Mirian Patricia Brito Pepi, professora que leciona as aulas, o aluno que aprende a língua dos sinais pode influenciar familiares e amigos sobre o respeito à diversidade. “A inclusão social tem que acontecer de maneira efetiva, em todos os contextos sociais, e isso só acontecerá de fato se nossas crianças aprenderem a importância de respeitar o próximo e suas diferenças”, conta.

Para explicar as aulas aos estudantes, Mirian trabalhou a importância da comunicação e como isso é imprescindível para o desenvolvimento das pessoas e dos relacionamentos. “A Libras foi apresentada como a língua materna daqueles que não ouvem e que por meio da qual essas pessoas podem se comunicar. O interesse das crianças pelo novo aprendizado foi imediato”, lembra.

A professora conta que, assim que as aulas começaram, os alunos passaram a fazer entre eles os sinais básicos como cumprimento e soletração do alfabeto. “Na sala temos um minidicionário de Libras, que deixo à disposição. As crianças sempre consultam e buscam novos sinais. Algumas já sambem soletrar o nome com o alfabeto manual, além de utilizar o idioma para avisar quando precisam ir ao banheiro e beber água. É muito emocionante ver o desempenho delas”, relata.

Para o próximo ano a proposta é intensificar as aulas, para isso será desenvolvido um projeto específico. “Também é possível trabalhar com brinquedos pedagógicos como jogos de tabuleiro e da memória”, explica Mirian. Segundo ela, a iniciativa deveria ser adotada na grade curricular das escolas públicas, pois boa parte dos alunos com necessidades especiais frequentam os colégios de ensino regular. “A partir do momento em que o currículo escolar levar em consideração as singularidades de cada estudante, será possível reduzir as barreiras enfrentadas no processo de aprendizagem e no cotidiano escolar”, avalia.